Kátia Simone Martins Bandeira adicionou uma discussão ao grupo EVANGELIZAÇÃO PARA ADULTOS E PARA TODOS
PROVAS VOLUNTÁRIAS – O VERDADEIRO CILÍCIO (OESE, CAP. V)
FONTES COMPLEMENTARES1- “Livro da Esperança”, Nós e o Mundo, pelo Espíritos Emmanuel , mens. 7, p. 53-4 – Chico Xavier.2- “Livro da Esperança”, Perante o Corpo, pelo Espírito Emmanuel, mens. 10, p. 49-50 – Chico Xavier.3- “Opinião Espírita”, Cilício e Vida, pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz, p. 147-8 – Chico Xavier.OBJETIVO- Esclarecer os participantes acerca do cilício que verdadeiramente agrada a Deus e é proveitoso para o progresso, alertando-os para a inutilidade dos martírios voluntários e as consequências dos mesmos àqueles que se lhes submetem.LER TODO O ITEM 261- Sofrer significa pagar dívidas?Nem sempre. Só o sofrimento resignado na prática do bem nos quita os débitos perante as leis da vida. Sofrimentos com revolta só agrava nossa situação evolutiva, assim como o sofrimento desnecessário.2- Quem são os aflitos referidos por Jesus?São os aflitos humildes, arrependidos, porém, decididos a se regenerar pela reforma íntima e pelo trabalho no campo do amor e da caridade. “A bem-aventurança apontada por Jesus está condicionada a um sofrimento resignado, sem murmúrio e, acima de tudo, imbuído de esperança e confiança na providência divina.”3- “Haverá mérito em procurar as aflições que lhe agravam as provas por meio de sofrimentos voluntários”?Sim, há grande mérito quando os sofrimentos e as privações objetivam o bem do próximo, porquanto é a caridade pelo sacrifício; não, quando os sofrimentos e as privações objetivam o bem daquele que a si mesmo as infliges, porque aí só há egoísmo por fanatismo.“Abençoa, pois, o teu corpo e ampara-lhe as energias para que ele te abençoe e te ampare, no desempenho de tua própria missão.” (Livro da Esperança, nº 10)4- Que dizer dos que se submetem à tortura física para se salvar?Ao contrário do que imaginam, retardam sua caminhada em busca da salvação. Nosso corpo pertence a Deus, que no-lo concede como instrumento de trabalho para o nosso progresso. Maltratá-lo, simplesmente, é rejeitar esse precioso auxílio divino.“És um Espírito eterno, em serviço temporário do mundo. O corpo é teu refúgio e teu bastião, teu vaso e tua veste, tua pena e teu buril, tua harpa e tua enxada.” (Livro da Esperança, Nº 10)5- E quanto aos que se autoflagelam, pensando estar agradando a Deus?É evidente que a punição é atenuada para aquele que erra por ignorância. Entretanto, nunca estará a pessoa isenta totalmente da culpa, porquanto as verdades divinas estão ao alcance de toda criatura, bastando sua iniciativa em assimilá-las.“Essa prática já não é tão comum em nossos dias e tende a ser banida totalmente do comportamento humano, dando lugar ao sacrifício que, verdadeiramente, agrada a Deus: aquele que se faz visando, unicamente, à promoção do semelhante.”6- Isolar-se do mundo, para não pecar, é proveitoso?Não. O isolamento nos afasta do nosso semelhante e é através do contato com este que ajudamos e somos ajudados. “Fugir de trabalhar e sofrer no mundo, a título de resguardar a virtude é abraçar o egoísmo mascarado de santidade.” (Livro da Esperança, nº 12)7- Afinal, em que consiste o verdadeiro cilício?Consiste no sacrifício que fazemos objetivando nossa melhoria espiritual, mortificando nosso espírito, e não o nosso corpo; combatendo o nosso orgulho, recebendo as humilhações sem murmurar; flagiciando o nosso amor próprio; sendo duros contra a injúria e a calúnia.COMENTÁRIO: Ainda é possível presenciarmos atos de flagelação ao próprio corpo em alguns países de religiões radicais; muitos até se flagelam em praça pública, acreditando-se estar reparando seus erros. A ignorância da criatura é, na verdade, o maior flagelo da humanidade, que pune a si mesmo, fazendo o que o Pai espera de nós.Muitos dos que têm coragem de punirem-se fisicamente, não são capazes de aguentar um único segundo de sofrimento, sacrificando suas vaidades, seu orgulho e egoísmo, santificando minutos de sofrimentos em prol do próximo e de si mesmo. Essa é a real atitude de quem se arrepende dos seus atos errados. (Kátia Bandeira)Ver mais...